13/05/2020 - 11h da manhã
Várias questões se acumularam nessa internação. Há todo um desentendimento sobre a alimentação.
É proibido sair e retornar, é proibido trazer alimentos e não há mais alimentação durante a tarde para o acompanhante, mesmo para quem está amamentando.
Entrei no hospital com comida escondida na minha roupa. Já na chegada discuti com a nefrologista, com a nutricionista, com a nutróloga, que argumentaram que eu estava completamente errada em fazer o Cristiano dar mamadeira, porque “com a nutrição pela sonda não sentiria fome”. Ué? Mas quando ele acorda de madrugada pede pra mamar no peito, meu leite é menos leite que a mamadeira?
Perguntei pra quatro pessoas diferentes na véspera de como deixar leite para o turno do marido e todos desconversaram com um olhar de quem recrimina a opção. Será que este é o único pai a cuidar do filho no hospital na história. Fiz escândalo, não queria mais nem saber. Só parei quando ouvi meu Theo chorando no quarto, deixei todos no corredor e fui atendê-lo.
“Mande uma queixa para ouvidoria, elas disseram, vai ajudar as outras famílias que passam por isso”, elas disseram. Será que os pais de um bebezinho enfermo devem mesmo se preocupar com esse tipo de coisa?
Em outra ponta, faltam recursos. O kit ideal para a gastrostomia em bebês está em falta por causa da pandemia de COVID-19. Vamos agendar uma data para encomendar e garantir o kit, ligarão quando chegar. Pelo menos parece um bom plano.
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